Harley Davidson V-Rod
Com status de sobra e preço justo, a V-Rod arranca forte até nas vendas
Foto: Marcos CamargoHarley Davidson V-Rod
A Harley-Davidson V-Rod foi lan- çada em 2001. Poucos meses depois, desembarcava no Brasil. Custava na época 100 000 reais. Mais de uma década e várias versões depois - a maioria agregando algum tipo de evolução técnica -, custa 44 100 reais. O preço é tentador: há pouco mais de um ano, em maio de 2011, ela custava quase o dobro, 83 000 reais. Não é à toa que a V-Rod foi nesses últimos meses o modelo mais vendido da marca no país, com média de 80 unidades por mês.
A V-Rod quebrou paradigmas em relação à filosofia Harley-Davidson. Com um motor V2 a 60 graus de exatos 1 247 cc e refrigeração líquida, chamado de Revolution, para os mais saudosistas ela não é uma legítima H-D. A Muscle traz bonitas rodas de alumínio com pneus radiais esportivos sem câmara. O traseiro tem largura de 240 mm com perfil 40 e aro de 18 polegadas de diâmetro, um verdadeiro pneu de dragster. Seu visual remete a essas motos de arrancada - esporte que é mania nacional nos Estados Unidos.
Ao estilo dragster, ela tem banco rebaixado, entre-eixos longo com ângulo de cáster aberto (32 graus), guidão baixo e largo e uma "pegada" de arregalar os olhos. Com 122 cv a 7 750 rpm e 11,9 mkgf a 6 750 rpm de torque máximo, depois que o pneu traseiro esquenta é impressionante arrancar em primeira com a Muscle. Faz jus ao nome: músculos. Uma superesportiva ou 450 especial de cross/supermotard arranca mais rápido, mas não tem 290 kg. Como uma moto com esse peso faz de 0 a 200 km/h em 8 segundos - e tem retomadas estonteantes?
O motor dasV-Rod teve uma mãozinha da prestigiosa Porsche. A Harley- Davidson quis provar ao mundo que pode fazer produtos avançados para encarar as melhores marcas japonesas e europeias. Com dois pistões de 105 mm de diâmetro, duplo comando por cilindro, oito válvulas e taxa de compressão de 11,5:1, a Harley-Davidson fez um motor silencioso e vigoroso.
Apesar do apelo esportivo, a Muscle não gosta de curvas. Pudera, com um pneu de 240 mm atrás, pedaleiras à frente e ângulo de cáster muito aberto, inverter direção com ela é trabalho para Arnold Schwarzenegger.
Em compensação, nas retas de asfalto perfeito ela mostra extrema estabilidade e, ao contrário do que um motor V2 faz prever, ela é bastante elástica, principalmente na quarta e na quinta marcha, quando o ponteiro do conta-giros chega perto das 8 500 rpm, rotação inimaginável para uma Harley-Davidson tradicional de motor V2 a ar.
Os freios melhoraram desde que ela passou a ser equipada com ABS, em 2010. Agora a roda traseira não trava com facilidade, mesmo nas frenagens mais radicais. Os dois discos dianteiros trabalham melhor com pneus aquecidos. Aliás, que belos e eficientes "chicletes": Scorcher assinados pela Michelin e desenvolvidos exclusivamente para a V-Rod.
Disposta a acelerar com vigor e a ultrapassar os 200 km/h com facilidade, a Muscle tem consumo proporcional. O tanque de 18,9 litros, sob o banco, é capaz de oferecer autonomia de cerca de 200 km. Isso sem abusar das rotações do motor. Brincando de arrancar, ela faz menos de 10 km/l.
Apesar de andar muito, a H-D Muscle merece ser admirada parada. São centenas de detalhes de extremo bom gosto. Lanternas embutidas por baixo do para-lama, piscas dianteiros nos espelhos retrovisores, bonitas entradas de ar atrás da caixa de direção e um motorzão que, além de emocionante, é belíssimo para ficar admirando.
O painel lembra os mais sofisticados relógios com caixa de titânio. Traz três instrumentos analógicos e tem boa iluminação noturna.
A Harley-Davidson V-Rod Muscle é um ícone do design que já esteve muito distante do consumidor brasileiro. Não só pelo preço, mas também pela escassa disponibilidade. Hoje, montada pela própria empresa norte-americana em Manaus, tornou-se acessível a uma faixa muito maior de motociclistas.
A V-Rod quebrou paradigmas em relação à filosofia Harley-Davidson. Com um motor V2 a 60 graus de exatos 1 247 cc e refrigeração líquida, chamado de Revolution, para os mais saudosistas ela não é uma legítima H-D. A Muscle traz bonitas rodas de alumínio com pneus radiais esportivos sem câmara. O traseiro tem largura de 240 mm com perfil 40 e aro de 18 polegadas de diâmetro, um verdadeiro pneu de dragster. Seu visual remete a essas motos de arrancada - esporte que é mania nacional nos Estados Unidos.
Ao estilo dragster, ela tem banco rebaixado, entre-eixos longo com ângulo de cáster aberto (32 graus), guidão baixo e largo e uma "pegada" de arregalar os olhos. Com 122 cv a 7 750 rpm e 11,9 mkgf a 6 750 rpm de torque máximo, depois que o pneu traseiro esquenta é impressionante arrancar em primeira com a Muscle. Faz jus ao nome: músculos. Uma superesportiva ou 450 especial de cross/supermotard arranca mais rápido, mas não tem 290 kg. Como uma moto com esse peso faz de 0 a 200 km/h em 8 segundos - e tem retomadas estonteantes?
O motor dasV-Rod teve uma mãozinha da prestigiosa Porsche. A Harley- Davidson quis provar ao mundo que pode fazer produtos avançados para encarar as melhores marcas japonesas e europeias. Com dois pistões de 105 mm de diâmetro, duplo comando por cilindro, oito válvulas e taxa de compressão de 11,5:1, a Harley-Davidson fez um motor silencioso e vigoroso.
Apesar do apelo esportivo, a Muscle não gosta de curvas. Pudera, com um pneu de 240 mm atrás, pedaleiras à frente e ângulo de cáster muito aberto, inverter direção com ela é trabalho para Arnold Schwarzenegger.
Em compensação, nas retas de asfalto perfeito ela mostra extrema estabilidade e, ao contrário do que um motor V2 faz prever, ela é bastante elástica, principalmente na quarta e na quinta marcha, quando o ponteiro do conta-giros chega perto das 8 500 rpm, rotação inimaginável para uma Harley-Davidson tradicional de motor V2 a ar.
Os freios melhoraram desde que ela passou a ser equipada com ABS, em 2010. Agora a roda traseira não trava com facilidade, mesmo nas frenagens mais radicais. Os dois discos dianteiros trabalham melhor com pneus aquecidos. Aliás, que belos e eficientes "chicletes": Scorcher assinados pela Michelin e desenvolvidos exclusivamente para a V-Rod.
Disposta a acelerar com vigor e a ultrapassar os 200 km/h com facilidade, a Muscle tem consumo proporcional. O tanque de 18,9 litros, sob o banco, é capaz de oferecer autonomia de cerca de 200 km. Isso sem abusar das rotações do motor. Brincando de arrancar, ela faz menos de 10 km/l.
Apesar de andar muito, a H-D Muscle merece ser admirada parada. São centenas de detalhes de extremo bom gosto. Lanternas embutidas por baixo do para-lama, piscas dianteiros nos espelhos retrovisores, bonitas entradas de ar atrás da caixa de direção e um motorzão que, além de emocionante, é belíssimo para ficar admirando.
O painel lembra os mais sofisticados relógios com caixa de titânio. Traz três instrumentos analógicos e tem boa iluminação noturna.
A Harley-Davidson V-Rod Muscle é um ícone do design que já esteve muito distante do consumidor brasileiro. Não só pelo preço, mas também pela escassa disponibilidade. Hoje, montada pela própria empresa norte-americana em Manaus, tornou-se acessível a uma faixa muito maior de motociclistas.
TOCADA
Empolgante nas arrancadas e acelerações em linha reta. Curvas não são muito a praia dela.
★★★
DIA A DIA
Seu estilo pede admiração, mas comprimento geral e o alto consumo esportivo não colaboram.
★★
ESTILO
Audaciosa, tem tudo avercomonome de batismo. Transpira anabolizante por todos os poros.
★★★★★
MOTOR E TRANSMISSÃO
É um ponto alto da Muscle. Silenciosos 122 cv empurram com vigor os mais de 300 kg entre moto e piloto. A embreagem é um pouco pesada.
★★★
SEGURANÇA
O sistema ABS é de série e veio muito bem a calhar em uma moto pesada e com tanta abertura no ângulo de cáster.
★★★★
MERCADO
É até curioso como se inverteu. Por 44000 reais, diante do que já custou, chega a ser uma pechincha.
★★★★
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